Decénios

6/16/202415 min ler

Olhando pelo nome, percebe-se que os Decénios, ou Décadas dos planetas, apontam ao número dez. Aqui temos um período de dez anos, mais precisamente, de dez anos e nove meses, ou 129 meses. Como sabemos, o nosso ano divide-se em 365 dias (ou mais exactamente 365.2421897 dias). Os Egípcios, no entanto, usavam um calendário de 360 dias*, seguindo o ano lunar de doze meses agrupados em três estações de quatro meses.

O sistema media-se pelas inundações do Nilo (aumento e baixa), tomando como certo que o seu caudal começava a aumentar algures nos fins de junho. O que não era absolutamente exacto por ocorrer num espaço temporal de oitenta dias. Os astrónomos, com efeito, descobriram como o aumento do caudal do Nilo coincidia com a ascensão helíaca da estrela Sirius — a mais brilhantes das estrelas no céu.

A ascensão de Sirius ocorria aproximadamente no dia 21 de junho, na constelação de Cão Maior, ao que era declarada a “Abertura do Ano”. No entanto, como a ascensão de Sirius ocorre a cada 365 ¼ dias do ano, e como o calendário egípcio baseia-se no ciclo lunar, há uma diferença de onze dias entre os dois calendários, o lunar e o solar — de 354 para os 365 dias. Para o corrigir foi acrescentado um mês extra, criando-se assim o denominado “Grande Ano”, de 384 dias a cada 2 ou 3 anos.

Em 238 aC, Ptolomeu III adicionou um mês extra (Epagomenal) de 5 dias intercalares, ou o 6º dia “bissexto” a cada 4 anos de forma a corresponder ao ciclo solar. No calendário gregoriano estes são distribuídos em determinados meses (com 31 dias em vez de 30) ao longo do ano. Cada 4º ano é um ano bissexto, onde fevereiro tem 29 em vez de 28 dias para adicionar aquele 6º dia intercalar ou bissexto.

Consultando este sitio http://www.timeanddate.com/date/duration.html é possível calcular a relação de dias entre os dois calendários num ano de 365 dias. O astrólogo helénico Vétio Valente usa o sistema de 360 dias para calcular a distribuição dos dias e dos ciclos dos planetas, utilizando, no entanto, o calendário de 365 ¼ dias para calcular os anos do nativo.

É preciso referir que esta técnica dos Decénios é muito antiga, com mais de dois mil anos. Segundo o astrólogo Heféstio de Tebas remonta ao Antigo Egipto, o que é bem específico, pelo que se pode ler acima, referente aos meses do ano e às enchentes do Nilo.

Técnica de tempo ou Cronocrator, bastante similar à Firdaria e também à técnica de Libertação Zodiacal ou Aphesis, neste tipo de técnicas o que se encontra marcado no mapa raiz do nativo encontra sua expressão em redor do tempo que a técnica indica em seus próprios parâmetros. O espaço indicado no mapa natal é assim traduzido no tempo indicado pela técnica, daí a denominação Cronocrator. Aponta-se pois à relação entre o mapa do nativo e o desdobramento temporal que se traduzirá ou não consoante ordene a própria técnica, o que é distinto, de uma forma não visível, ao tempo linear, ao ‘olho nu’ dos trânsitos que se referem sempre ao tempo presente na sua relação com o mapa do nativo se falarmos na Astrologia Natal, ou com os mapas de nações no que se refere à Astrologia Mundana e por aí adiante.

Como referido, a técnica dos Decénios encontra semelhanças com outras técnicas de Cronocrator como a Firdaria ou Libertação Zodiacal. Na Firdaria, por exemplo, um determinado planeta rege um período da vida do nativo. Período esse que é dividido em subperíodos, começando pelo subperíodo do regente maior, e seguindo depois pela ordem Caldaica dos planetas, até que percorridos todos os subperíodos dos planetas, muda o regente do período maior.

E assim sucessivamente, seguindo a ordem Caldaica dos planetas. A ideia é começar pelo luminar da seita: o Sol para quem nasceu de dia, a Lua para quem nasceu de noite. A partir daqui todas as semelhanças com os Decénios desaparecem.

Primeiro, porque a Firdaria inclui os nodos lunares, os Decénios não.

Segundo, mais importante: os Decénios não seguem a ordem caldaica dos planetas, mas sim a ordem zodiacal do nativo.

Recapitulemos:

Os Decénios têm a sua origem no Antigo Egipto.

É uma medida de Tempo: um Decénio equivale a 129 meses ou dez anos e nove meses.

Os egípcios usavam um calendário de 360 dias, baseado no ciclo lunar, com doze meses agrupados em três estações de quatro meses cada.

Para corrigir a diferença entre o calendário lunar e o solar, era adicionado um mês extra chamado “Grande Ano” a cada 2 ou 3 anos.

Semelhanças com a Firdaria e a Aphesis/Libertação Zodiacal:s Decénios são regidos por planetas e subdivididos em subperíodos numa ordem específica.

Os Decénios seguem a ordem zodiacal do nativo, começando pelo luminar da seita (Sol para nascidos de dia, Lua para nascidos de noite).

Há, no entanto, aqui alguns aspectos mais complexos. Por exemplo: qual o planeta que com que se inicia a contagem.

Firmico Materno escreve que para um nascimento nocturno começa-se com a Lua e para um nascimento diurno com o Sol.

No entanto, Heféstio diz que se o luminar da seita não estiver conectado ao ascendente devemos usar um planeta angular.

Vettius Valens diz que se o Sol está muito curto ou a Lua não está posicionada favoravelmente em relação ao ascendente ou em aversão, deve usar-se a outra luminária. Se nenhuma das luminárias estiver num local efetivo, deve-se usar o primeiro planeta a surgir no Ascendente após o nascimento.

Em todos os casos, uma vez determinado o planeta inicial, prosseguimos através dos outros planetas na sua ordem zodiacal a partir desse planeta.

Olhemos agora o mapa de Napoleão Bonaparte e os exemplos que nos traz:

Como se pode ver, trata-se de um mapa diurno, tendo nascido de dia, o Decénio de Napoleão começa com o Sol.

Como podemos ver no mapa, Napoleão tem um importante aspecto de Sextil entre Marte e Júpiter. Marte, representando a guerra está no signo de Virgem — signo fortemente prático, minucioso, trabalhador incessante e perfeccionista — na casa 11 das organizações e alianças, encontrando o seu exército como aliado.

A casa 11 é também a casa das grandes esperanças, sonhos de concretização e espectativas, Napoleão encontra aqui o exército como amigo. Marte é o próprio regente do mapa, com seu Ascendente em Escorpião, Napoleão está no exército como peixe na água.

O regente de Marte (Mercúrio) é o planeta mais angular do mapa, bem colado em conjunção ao Meio do Céu, apontando o status e visibilidade pública, os seus discursos não só eram bem ouvidos como ficaram bem marcados no ouvido. O mesmo Mercúrio é disposto pelo Sol no seu próprio domicílio, no seu trono ou signo de Leão, é o planeta mais forte no mapa. Arriscamos dizer que Napoleão nasceu para ser Imperador, comandando ele mesmo o próprio exército...

Mas voltemos a este aspecto de sextil. Júpiter, o grande benfeitor, dador de boa sorte, conhecido como o grande benéfico, encontra-se angular na casa 1, a casa mais determinante do mapa. Casa 1 que representa sempre o indivíduo e seu corpo.

Temos então o mais digno e nobre benfeitor (Júpiter) às ordens de Marte (o deus da guerra) no signo de Escorpião. Júpiter em Escorpião caracteriza-se por sua profundidade e fortaleza moral, um forte pendor de dignidade, um magnetismo particular e penetrante, capacidade de visão e análise sólida e abrangente.

O sextil é um aspecto benéfico de esforço e colaboração, não tem a fluidez do trígono, mas seus resultados tendem a ser mais marcados. Sendo este um aspecto aplicativo (de 2°58’) seus resultados desenrolam-se em eventos na vida do nativo.

Como podemos ver no quadro, na última linha abaixo, a partir do dia 6 de Março de 1800, Napoleão viveu um período de Decénio Júpiter-Marte, tendo o planeta Júpiter como regente e Marte como sub-regente.

Em 14 de Junho de 1800, as tropas de Napoleão esmagaram as tropas austríacas na famosa Batalha de Marengo. Consolidando o controlo sobre Itália, a França passa a ser a potência dominante na Europa. A Áustria é forçada a assinar a Paz de Lunéville no ano seguinte e Napoleão reforça a imagem de invencibilidade que tinha começado no ano anterior, com o Golpe do 18 de Brumário, quando Napoleão assumiu o governo. É assim reforçada imagem de Napoleão como um líder militar invencível, contribuindo para a sua ascensão ao poder.

Ainda na vigência deste Decénio, a 15 de julho de 1801, é assinada a Concordata de 1801, entre Napoleão Bonaparte e o Papa Pio VII, acordo que visava a restauração da Igreja Católica na França pós-revolução. Como resultado, a Igreja renunciaria a todas as reivindicações dos territórios tomados pela França desde 1790, o que foi decisivo na estabilidade do regime de Napoleão e na consolidação dos avanços da Revolução Francesa, marcando um momento significativo na história da França e da Igreja Católica. Napoleão aproveitou ainda para implementar reformas administrativas, judiciais e financeiras, como a criação do Banco da França ou a preparação do Código Civil, que mais tarde seria conhecido como o Código Napoleónico.

Todos estes factores foram decisivos na ascensão meteórica de Napoleão Bonaparte, o que culminaria mais tarde como imperador da França, em 1804, no Decénio Lua-Saturno.

Olhando para este mesmo Decénio Lua-Saturno, vemos logo uma oposição entre Saturno e a Lua. Estão ambos em queda, mas em perfeita recepção mútua, estando a Lua crescente este é um aspecto de culminação, como se iria verificar, literalmente, na vida de Napoleão Bonaparte.

Olhando para os regentes, vemos como Saturno rege a parte referente ao território, o Reino, seu país, origens e ancestrais – Aquário no IC e na casa 4.

A Lua, significadora do povo, rege também o estrangeiro e a expansão territorial (casa 9).

Em 2 de dezembro de 1804, Napoleão Bonaparte foi coroado imperador na catedral de Notre-Dame, em Paris, adoptando o nome de Napoleão I. Sua esposa Joséphine também foi coroada Imperatriz. O papa fez uma viagem especial de Roma para participar da grande cerimônia, que durou mais de cinco horas.

Visto o aspecto de ascensão e culminação, vejamos agora o aspecto de queda, que é literal, desafortunadamente desafortunada. Peguemos no mapa de Michael Schumacher e olhemos para o respectivo Decénio que marcou a sua vida para sempre.

No dia 29 de dezembro de 2013, o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher, sofreu um grave acidente enquanto esquiava na estação de Méribel, nos Alpes Franceses. Michael Schumacher estava numa área não demarcada entre duas pistas quando caindo, bateu com a cabeça numa pedra, resultando num sério traumatismo craniano.

Foi logo atendido e levado de helicóptero para o hospital local em Moûtiers e depois para Centre Hospitalier Universitaire de Grenoble, um hospital regional que se especializa no tratamento de lesões cerebrais. Ali mesmo foi verificado que o piloto alemão, apesar de estar com capacete no momento do acidente, teve um traumatismo craniano grave, o que exigiu uma intervenção cirúrgica imediata.

Schumacher foi depois colocado em coma induzido e, após meses de tratamento intensivo, foi transferido para sua casa na Suíça, onde continua a receber cuidados médicos.

A Lua, domiciliada e regente da casa 3 dos movimentos e deslocações, onde se encontra em júbilo, é fortemente contrariada por Júpiter na casa 6 dos acidentes e injurias. Tratando-se Júpiter de um planeta benéfico em sua própria triplicidade e num mapa diurno, o mesmo é fortemente anulado pela conjunção de 1º ao Nodo Sul, que lhe anula e drena, neste caso literalmente, suas forças benéficas e protectoras.

Ao que se junta a sua conjunção de pouco mais de 1º ao planeta Úrano da imprevisibilidade, e, para piorar bastante as coisas, Úrano encontra-se em conjunção quase exacta ao mesmo Nodo Sul. À impotência do grande benéfico acrescenta-se então o descontrolo e total imprevisibilidade do planeta Úrano.

O que poderia não trazer danos maiores não fosse Júpiter regente da casa 8 de perda, morte, punição, angústia e transformação, neste caso para pior.

Michael Schumacher acabou por não morrer, no que pode ter contado a Lua domiciliada e o facto de Júpiter, apesar de tão mal disposto no mapa, tratar-se de um benéfico na sua própria seita. Sabemos, no entanto, que aqui pouco pôde. O próprio regente da casa 6 das injúrias e acidentes, que é Vénus, está peregrina, fora de seita, e nos termos de Saturno, portanto maltratada.

Michael Schumacher esteve em coma induzido e tem hoje uma existência, na melhor das hipóteses, com sérios problemas limitativos.

Falemos agora no modo como se obtém a duração dos Decénios:

Os Decénios obtêm-se na soma do número de anos menores de cada planeta, contados como meses: Saturno obtém 30, Júpiter 12 e assim sucessivamente numa soma total de 129 meses: 10 anos e 9 meses.

A ordem inicia-se com o luminar da seita (Sol ou Lua) consoante o nativo tenha nascido de dia (Sol) ou de noite (Lua).

O segundo Decénio seguirá a ordem zodiacal da natividade, o terceiro também, e assim sucessivamente até se chegar ao último planeta na ordem zodiacal do mapa natal e começar tudo outra vez, o que provavelmente pede mais que uma vida... O mesmo acontece com os subperíodos.

Todos os planetas têm números atribuídos, números que podem representar anos, meses ou dias e podem manifestar-se como números inteiros ou como frações de números. Os mesmos derivam das repetições das conjunções planetárias entre o Sol e os planetas. O número de anos que corresponde a estas conjunções torna-se nos anos dos planetas.

O número de Saturno é 30. A cada 30 anos ocorrem 29 conjunções do Sol e Saturno.

O número de Júpiter é 12. Há 11 conjunções com o Sol a cada 12 anos.

O número de Marte é 15. Durante 15 anos temos sete conjunções de Marte e do Sol.

O número do Sol é 19. Qualquer eclipse acontecerá 19 anos após o anterior, muito próximo do mesmo grau do zodíaco.

O número de Vênus é 8. Exatamente a cada 8 anos acontecem cinco conjunções Vênus-Sol — registando essas posições sucessivas num ciclo traçando linhas entre essas mesmas conjunções, teremos uma estrela de cinco pontas. Traçando as longitudes das estações retrógradas diretoras de Vênus separadamente resulta numa estrela de cinco pontas, ‘desenhada’ num período de 8 anos

O número de Mercúrio é 20. Em vinte dias de um período de um ano há conjunções Sol-Mercúrio.

O número da Lua é 25. Em vinte e cinco anos de 365 dias, há 309 conjunções do Sol e da Lua.

Estes mesmos números têm implicações práticas na astrologia preditiva.

Por exemplo, o número 19 associado ao Sol está ligado ao ciclo dos eclipses que se repetem aproximadamente a cada 19 anos no mesmo grau do zodíaco.

Vênus, com o número 8, forma uma estrela de cinco pontas no céu ao longo de oito anos, refletindo suas cinco conjunções com o Sol. Esses padrões celestes são fundamentais para entender como os movimentos planetários podem sinalizar mudanças e influências na jornada de vida de uma pessoa

Chegamos aqui a um dos pontos mais importantes dos Decénios. Já sabemos que os trânsitos se referem aos eventos do nativo na sua relação com a conjuntura celestial presente. E os Cronocratores a eventos específicos marcados no mapa e logo traduzidos no decurso da vida do nativo.

Se o transito se refere à passagem de um planeta por outro planeta, signo ou angulo; ou pelos pontos ou raios em que se encontram em aspecto aos demais planetas ou pontos importantes do mapa – contam aqui os aspectos ptolomaicos, conjunção, oposição, quadratura, trígono e sextil. O Cronocrator ou Senhor do Tempo é um planeta que governa um determinado período, o que em muitos casos implica um subgovernante.

Em técnicas como Firdaria ou Libertação Zodiacal, os eventos marcados por esse período do tempo serão sempre sujeitos à relação entre esses dois planetas, quer seja de aspecto em graus, quer de aspecto em signos, no que a própria incapacidade de comunicar estabelecida por um aspecto de aversão (entre a casa 1 e a 8, entre a 6 e 11, entre a 2 e a 3, etc) contam para descrever o próprio período.

De facto, não é difícil aqui traduzir a aversão a mal entendidos, falhas de comunicação ou até mesmo aspectos de ostracismo caso os planetas se refiram a pessoas na vida do nativo.

Ora nos Decénios, tratando-se de uma técnica de Cronocrator, estabelecida pelos regentes do período, as coisas não se passam exactamente dessa maneira.

Aqui, pelo contrário, tudo é traduzido numa não-relação, num (dar) nada. Dois planetas que não encontram qualquer relação entre si no mapa, que se ignoram, estando em aversão um com o outro, nos Decénios não encontram nem dificuldades de comunicação, nem desentendimentos, nem qualquer tipo de ‘incomunicabilidade’. Nos Decénios só existem padrões e eventos entre planetas que tenham uma relação de aspecto na carta natal. Aspectos maiores, leia-se, de conjunção, oposição, quadratura trígono e sextil.

Por exemplo, um Sol que se encontre em Peixes num mapa e Vénus em Aquário, estando portanto em aversão, não encontrarão num Decénio do Sol com um subperíodo de Vénus ou num Decénio de Vénus com um subperíodo do Sol, qualquer tipo de evento que o caracterize, como acontece em qualquer outra das técnicas de previsão.

Este mesmo aspecto na técnica de Firdaria, Libertação Zodiacal ou Direcção pelos Termos traduzir-se ia, por exemplo, em faltas de comunicação e mal-entendidos, nos Decénios, não se traduz nem numa coisa nem noutra, será em si um período nulo, sem qualquer tipo de significado para o nativo.

Ao invés, se tivermos um Mercúrio em Gémeos na casa 6 e um Marte em Peixes na casa 3, encontrando-se estes numa apertada quadratura aplicativa de menos de 1º, podemos contar com padrões e acontecimentos próprios ao aspecto, caracterizados não apenas pelas dificuldades de conflitos de uma quadratura, como as características dos signos e das casas em que se encontram. Esta situação ocorrerá no Decénio correspondente a estes dois planetas, independentemente de quem sege o regente do período ou sub-período.

Havendo relação no mapa entre os dois planetas, os Decénios apontam sua tradução ao período temporal em que o respectivo Decénio se encontre em vigor.

Ou seja, para averiguar o decénio como período maior e seus subperíodos devemos avaliar a condição do(s) respectivo(s) planeta(s) no mapa e seus aspectos com os demais planetas nos seus aspectos maiores de conjunção, oposição, quadratura, trígono ou sextil.

Se o período corresponder a um só planeta — por exemplo um período Sol-Sol — a avaliação necessariamente ganhará um travo de maior rigor. Devemos, pois, ter em consideração:

1. Dignidade dos planetas

2. A Angularidade.

3. A casa onde se encontram: se o planeta está em um lugar afortunado ou não em relação ao ascendente.

4. Se os maléficos Marte e Saturno estão dentro ou fora da sua seita. Saturno tende a ser mais maléfico num mapa nocturno e mais construtivo num mapa diurno. Marte tende a mais forte e construtivo num mapa nocturno e tende a ser mais prejudicial num mapa diurno.

5. O mesmo com os benéficos Júpiter e Vénus. Sendo Júpiter mais positivo num mapa diurno e Vénus num mapa nocturno .

6. As Condições de bonificação e mau tratamento: bonificação com planetas benéficos, por exemplo Lua em Peixes bonificada por uma conjunção de Júpiter.

Mau tratamento com planetas maléficos: Vénus em Aquário maltratada por uma quadratura de Saturno em Escorpião.

7. Se a Lua está crescente ou minguante: crescente tende a ser melhor.

Bibliografia:

Austin Coppock – Planetary Decades, Norwac 2022: link.

Joseph Crane. Astrological Roots: The Hellenistic Legacy, The Wessex Astrologer Ltd, 2007

Chris Brennan. Hellenistic Astrology: The Study of Fate and Fortune. Colorado, Amor Fati Publications. 2017